O que diz o promotor criminal Ítalo Moreira Martins, de Mossoró (foto) a
respeito do caso Marco Archer, o brasileiro executado na Indonésia.
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Dr. Ítalo Moreira Martins é Promotor Criminal em Mossoró |
Suplicando pela vida o brasileiro executado na Indonésia, após confessar o crime e se dizer arrependido, afirmou em vídeo:
“Eu mereço mais uma chance porque todo mundo erra”.
A grande questão é que o carioca Marco Archer teve sim mais de uma
chance, aliás, teve várias chances e continuou na rota do crime. Matéria
exibida hoje na TV mostrou o depoimento de amigos de Archer, quando
relataram que ele entrou no mundo do crime para tentar se livrar de uma
dívida, passando a traficar no Rio de Janeiro.
Deu certo a
primeira vez, não foi punido, a ambição aumentou e não se tratava mais
de delinquir para pagar dívidas e sim de delinquir para ter ascensão
social, continuando a traficar e passando a atuar internacionalmente,
incluindo rotas perigosas como da Indonésia, país que ele sabia
plenamente que adota a pena de morte para traficantes, mas a ambição
falou mais alto e o resultado foi sua execução.
Não faltaram
apelos de amigos que conheciam bem suas atividades ilícitas para que
deixasse essa vida, ao que Marco Archer sempre respondia “vou só mais
essa vez”, até que um dia chegou “a última vez”, quando foi preso, e
agora será realmente impossível continuar.
Esse caso serve de
reflexão de como a impunidade e a ambição se encarregam muitas vezes de
“encomendar o caixão”, o sujeito pratica o primeiro crime dá certo, o
segundo também, o terceiro, tudo isso sem qualquer punição, outras vezes
até é punido, mas de forma tão branda que acaba sendo encorajado a
delinquir novamente, é assim no Brasil.
Mais adiante quando quer
sair da criminalidade já é tarde, não consegue pois já transformou o
ilícito penal em meio de vida. E qual o destino de muitos? Depois de
acabarem com as vidas de muitas vítimas e suas famílias acabam com as
suas, presos ou mortos pela polícia ou mortos pelo próprio “mundo do
crime”.
No caso de Marco foi um pouco diferente, acabou executado pelas severas leis de um país muçulmano.
Marco Archer teve muitas chances de sair do erro, mas preferiu seguir
em frente. Se tivesse sido eficientemente punido logo quando começou a
delinquir talvez ainda estivesse com vida.
Infelizmente Archer,
assim como milhares de criminosos neste país, procurou, o ineficiente
sistema punitivo estatal brasileiro falhou e ele encontrou a morte."
Fonte: facebook de Cezar Alves
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