Eduardo Campos (PSB) fala em boas perspectivas |
NA ÍNTEGRA
O presidenciável do PSB, Eduardo Campos reconhece que houve avanços nos
governos petistas, mas constata que atualmente o Brasil parou de
melhorar e foi iniciado um processo de piora e deterioração nos diversos
setores de atividades da Nação, segundo ele, notadamente na economia
com altas de juros e endividamento do povo brasileiro. Eduardo Campos,
que visitou Natal na última quinta-feira. Ele concedeu entrevista
exclusiva a ´O JORNAL DE HOJE na fazenda de Iberê Ferreira, na cidade de
Santa Cruz, onde esteve participando das festividades religiosas
alusivas à Santa Rita de Cássia, padroeira local. O ex-governador de
Pernambuco, neto do mito da zona canavieira, Miguel Arraes, fez críticas
contundentes a Dilma Rousseff pela prática política adotada por ela
baseada, segundo Eduardo Campos, baseada no fisiologismo e nas
companhias consideradas por ele, indesejáveis, a exemplo de Sarney,
Maluf e Collor.
Eduardo Campos criticou também a extorsiva carga tributária brasileira e
a injusta distribuição dos recursos federais para os municípios. E
exemplifica: “o povo brasileiro cansou e os prefeitos não suportam mais.
No tempo de Fernando Henrique, 16 por cento dos recursos ficavam com os
municípios; agora, de cada 100 reais, apenas 11 chegam aos municípios,
por isso, o povo está disposto a fazer mudança porque não suporta mais. O
Brasil tem jeito, mas precisa tomar uma atitude. Chegou a hora de
mostrar ao povo o que é a verdade no Brasil. Dizer que o Bolsa Família
vai se acabar é terrorismo”, disse Eduardo Campos, garantindo que vai
ampliar o benefício com escolas e creches para os filhos das famílias
beneficiadas. Em seguida, ele questionou: “Me digam uma obra iniciada e
concluída pelo atual governo?” Segue a entrevista do pré-candidato do
PSB à presidência da República falando sobre vários assuntos, inclusive a
aliança política do PSB com o PMDB no Rio Grande do Norte. Sobre a
sucessão presidencial, Eduardo Campos diz acreditar que Dilma Rousseff
ficará de fora do segundo turno. E concluiu: “Vamos limpar Brasília da
corrupção e do descaso. Segue a entrevista:
O JORNAL DE HOJE – Como o senhor recebe o apoio do seu partido, o PSB, com o PMDB no Rio Grande do Norte?
EDUARDO CAMPOS – O partido, nacionalmente tinha o desejo de ter a
candidatura de Wilma ao Governo do Estado, mas entendeu que não tinha as
circunstâncias necessárias. Entendeu também que havia uma crise e a
necessidade de uma composição política para tirar o Estado dessa
situação. O debate não foi unânime, mas respeitamos a decisão.
JH – Esse é um fato isolado ou verifica-se em outros Estados?
EC – É um fato definido por cada Estado. Tem lugar que contamos com o
apoio do PMDB, como Pernambuco, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
Isso passou por uma dinâmica da direção nacional.
JH – Como o senhor analisa as pesquisas desfavoráveis até agora?
EC – Acho que as pesquisas são favoráveis. Temos 25 por cento da
população que nos conhece e 14 por cento de apoio. Quando a gente tiver
50 por cento poderemos ter 28 e quando tivermos 75 por cento de
conhecimento, poderemos ter 32 por cento nas pesquisas. É uma questão
das pessoas conhecerem que eu e Marina estamos juntos e que temos ideais
para tirar o Brasil do caminho errado e colocá-lo no caminho certo.
JH – É possível um segundo turno?
EC – Há um ano dizia-se que a eleição seria num turno só. Depois das
manifestações as pessoas que entendem de pesquisa já diziam que está
indefinido quem vai para o segundo turno. Hoje não tem ninguém certo
para o segundo turno. Acho que Dilma ficará de fora do segundo turno.
Tenho condições de unir o Brasil em torno de uma agenda de trabalho que
vai mudar o País para melhor. Vamos botar na oposição os corruptos, os
paternalistas e as velhas raposas que há tantos anos usam e abusam do
Brasil.
JH – É possível uma composição com Aécio Neves?
EC – Segundo turno a gente trata no segundo turno. Se eu respondo
dizendo que vou receber o apoio de um candidato que está concorrendo
comigo no primeiro turno estou de certa forma faltando com respeito a
esse candidato.
JH – Como o senhor vê as críticas de Marina, sua vice, a Aécio Neves?
EC – Ela fez uma análise baseada em dados.
JH
– O senador Randolfe Rodrigues, pré-candidato a presidência pelo Psol
disse que Dilma, Aécio e Eduardo representam a continuidade. O que o
senhor tem a dizer sobre isso?
EC – O povo sabe que nossa candidatura representa a mudança. A questão é
que sabemos fazer como fizemos em Pernambuco. Vamos melhorar a
segurança, a saúde, a educação e preservar o Bolsa Família, tanto é que
fui reeleito com a maior quantidade de votos que um governador foi
reeleito no Brasil. Quem me conhece me vê trabalhando e vota em mim.
Quem não me conhece, vai conhecer.
JH – Setores do PT estão chamando o senhor de traidor por ter sido aliado do atual governo e agora ser contra…
EC – Vi declarações de Lula dizendo entender a legitimidade da nossa
candidatura. Não podemos é trair o povo brasileiro. Somos uma
alternativa para melhorar o Brasil.
JH – O senhor vai participar do palanque majoritário no Estado, tendo PSB e PMDB como aliados?
EC – O PSB está numa aliança local. Quando eu estiver aqui estarei na
campanha nacional acompanhando os companheiros. Vamos limpar Brasília da
corrupção e do descaso.
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