MISTÉRIO ASTRONÔMICO
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) anunciaram a descoberta da CoRot Sol 1, nome dado à estrela gêmea solar
conhecida como a mais distante da Via Láctea, galáxia que abriga o
sistema solar. De acordo com os cientistas, a análise do astro ajuda a
prever o futuro do Sol, além de dar aos astrônomos a oportunidade de
testar as atuais teorias da evolução estelar e solar.
O líder da equipe de pesquisadores, José Dias do Nascimento, explica
que a CoRoT Sol 1 é cerca de 2 bilhões de anos mais velho que o Sol, e
seu período de rotação é aproximadamente o mesmo da maior estrela do
sistema solar.
"É a única estrela com essas características que é mais
velha do que o Sol", informa o astrônomo. A massa e composição química
de ambas é semelhante, conforme o estudo desenvolvido na UFRN. No
entanto, ao contrário das outras gêmeas solares, que são relativamente
brilhantes, o brilho da CoRoT Sol 1 é 200 vezes mais fraco do que o do
Sol.
O fato de a estrela gêmea estar em um estágio ligeiramente mais
evoluído que o Sol será utilizado para análises sobre o futuro do
Sistema Solar.
"Em 2 bilhões de anos, na idade que o Sol terá a idade
atual da gêmea solar CoRoT Sol 1, a radiação emitida pelo Sol deve
aumentar e tornar a superfície da Terra tão quente que a água líquida
não poderá mais existir lá em seu estado natural", comenta Nascimento.
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