Jornalista Neto Queiroz avalia o governo Robinson |
GOVERNO COMEÇA A DEFINHAR
Os quatro pilares de sustentação do Governo do Estado começam a dar
sinais de deterioração. São os pilares político, midiático,
administrativo e financeiro. São pilares que precisam estar firmes,
robustos, para garantir ao governo as condições de governabilidade e
sobrevivência.
O pilar político começa a demonstrar desgaste diante da
relação com o PT que sabidamente não é a mesma de antes. Os dois lados
vivem de aparências. Na outra ponta, os líderes de oposição começam a
bater no governo, mostrar suas deficiências. O pilar midiático sofre o
desgaste da falta de parcerias do governo com os órgãos de mídia.
Ninguém está vendo a cor dos contratos. Quem achava que seria
privilegiado não está sendo e quem esperava a sobrevivência financeira
através de parcerias com o governo não tem mais certeza de nada.
O pilar
administrativo está dando os últimos suspiros. A Uern vai entrar em
greve geral. Servidores de diversas categorias estão insatisfeitos com a
falta de reajustes nos salários. Nem o PT está mais interessado em
ajudar no freio das greves. E vem aí a polêmica sobre a proposta do
governo de criar a aposentadoria complementar para o servidor. O pilar
financeiro está ruim das pernas.
O Estado está quebrado, sem reservas
para enfrentar as demandas em áreas vitais, como saúde e segurança que
depende dos repasses federais, que por sua vez estão cada vez mais
escassos. O Governo de Robinson Faria caminha para um desgaste com a
deterioração dos seus pilares de sustentação. Acabou o período da
trégua, agora cada qual vai cobrar sua fatura.
Neto Queiroz (Gazeta do Oeste)
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