Deputados comemoraram a não-aprovação do "Distritão" |
Em sessão plenária nesta terça-feira (26/05), a Câmara dos Deputados
rejeitou a modificação do modelo atual de escolha de candidatos aos
cargos de deputado federal, deputado estadual e vereador, rejeitando o
"distritão", sendo mantido o sistema de votação proporcional.
O modelo "distritão", assim denominado porque considerava cada estado
como sendo um único distrito para fins de escolha dos deputados,
transformava a eleição de deputados em um sistema majoritário, no qual
seriam eleitos aqueles candidatos mais votados. Um total de 210
deputados votaram favoráveis à inserção do sistema distritão na
Constituição Federal, mas seriam necessários 308. A proposta ainda
obteve 267 votos desfavoráveis (não) e cinco abstenções.
Durante a mesma sessão, foram votados ainda outros dois diferentes sistemas. O sistema de listas preordenadas, no qual os partidos e/ou coligações definiriam logo de início uma lista de candidatos a serem eleitos de acordo com a votação, foi rejeitada recebendo somente 21 votos favoráveis (sim), sendo 402 votos desfavoráveis (não) e duas abstenções. Foi ainda rejeitado o sistema distrital misto – em que metade das vagas seria preenchida por lista e a outra metade pelo voto majoritário em distritos – o qual recebeu 369 votos desfavoráveis (não), 99 desfavoráveis (não) e duas abstenções.
As propostas de modificações do sistema utilizado para a escolha de
deputados e vereadores são consideradas como modelos que reduzem a
importância dos partidos pequenos, diminuindo a possibilidade de
representação das minorias, privilegiando assim aqueles candidatos e
partidos que possuem maior poder econômico e/ou já se encontram
exercendo cargos eletivos. O sistema proporcional, nos moldes como hoje
está previsto, privilegia as agremiações partidárias fortalecendo
partidos políticos e incentivando a formação de blocos (coligações),
para a disputa eleitoral.
Texto: Márcio Oliveira (novoeleitoral.com)
Resultado da votação eletrônica e lista de presença
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