sábado, 18 de janeiro de 2014

O chão do Seridó


Riacho do Maxixe: não há fronteiras para a fé.
Riacho do Maxixe: não há fronteiras para a fé
Em 17 de janeiro de 2014 às 10:54 por Aluisio Lacerda - Atualizado em 17 de janeiro às 10:58 

O gesto simbólico de beijar o solo, tantas vezes repetido pelo papa João Paulo II – em Brasília, por exemplo, em junho de 1980 – foi tema abordado recentemente pelo doutor e acadêmico padre João Medeiros Filho em artigo publicado no Jornal de Hoje.

Recolho o trecho que marca os caminhos que levam ao Seridó. A caminho de Caicó (duas vezes esta semana), lembrei do padre e professor João Medeiros ao trafegar alguns quilômetros após a cidade de Santa Cruz, a capital do Trairi. 

Escreveu o culto padre João Medeiros Filho, citando o saudoso dom José Adelino Dantas, segundo bispo diocesano de Caicó: 

Em 14 de setembro de 1952, ele (dom Adelino) dirigia-se de Natal para o Seridó, onde deveria assumir a missão episcopal da diocese de Sant´Ana. Antes de chegar às terras do seu rebanho, na ponte do riacho do Maxixe (limite entre as dioceses de Natal e Caicó), no final da Serra do Doutor, dom Adelino, mandou parar o carro. Ladeado pelos Monsenhores Walfredo Dantas Gurgel (então vigário capitular, função atual do administrador diocesano) e Paulo Herôncio de Melo (decano do clero, pároco de Currais Novos) e diante do povo que se aglomerava para recebê-lo na porta de entrada do bispado, dom José Adelino Dantas tirou os sapatos, prostrou-se por terra, beijou o solo e proclamou: “Lembro-me de Moisés, ao proferir: ´Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar onde te encontras é uma terra santa´ (Ex 3, 5). Após beijar o chão do Seridó, o prelado exclamou: “Irmãos, esta terra é sagrada, abençoada por Cristo e Sant´Ana. Quero, antes de minha posse, reverenciá-la e venerá-la, pois ela é como um altar. Contém relíquias de santos e mártires”!


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