Presidente Dilma Rousseff (PT), cumprimenta a governador Rosalba (DEM) |
GOVERNO REPUBLICANO
A presidente Dilma Rousseff (PT), em discurso no Rio Grande do
Norte, ontem, disse que o seu governo não olha para a cor partidária, o
time de futebol que torce ou a religião que acredita, para afirmar que o
Brasil é de todos.
Não é retórica.
Para provar, veja o volume de obras, ações e projetos anunciados para
o nosso Estado, que somam algo em torno de R$ 2 bilhões, com destaques
para a construção da barragem de Oiticica (ordem de serviço assinada);
Reta Tabajara (licitação no dia 20 de junho); construção do “Gancho do
Igapó” – complexo viário que vai ligar a BR-101 ao aeroporto
internacional de São Gonçalo; e a duplicação da BR-304, trecho
Natal/Mossoró/divisa com o Ceará, que não sairá agora, mas será feita,
segundo a presidente.
Somam-se, aí, outras obras em parceria com o Governo do Estado, como o
Complexo Viário Abolição, em Mossoró; o sistema adutor do Alto Oeste; a
construção do aeroporto de São Gonçalo; obras de esgotamento sanitário
em todo o Estado; dentre muitas outras, além das ações de combate ao
efeito da seca, que tem espalhado construção de cisternas, perfuração e
instalação de poços por todas as regiões.
Pois bem…
Essas ações são direito de todos; portanto, nada de especial nisso.
Porém, seria improvável que a parceria administrativa entre dois
governos politicamente antagônicos fosse realizada em tempo passado.
Prevaleceria a política menor, bastante difundida nos tempos do
radicalismo – antes e depois do período revolucionário.
Não cabe mais.
Dilma do PT e Rosalba do DEM não podem ficar acima dos interesses
coletivos. Elas foram eleitas com o voto dos mesmos eleitores potiguares
e com a missão de resolver os problemas de todos.
Muito mais sábio do que colocar a questão política na pauta do dia é
reconhecer a forma republicana como se comportam a presidente e a
governadora, sem desmerecer a importância política; ela existe e
desperta interesse. Não há como fechar os olhos para a possibilidade de a
parceria administrativa derivar para uma união política.
É possível e perfeitamente compreensível.
O voto de Rosalba é importante para Dilma, como o apoio de Dilma é importante para Rosalba.
Isso vai acontecer? Resposta só em 2014.
Portanto, o momento é de reconhecer a parceria estabelecida pelas
duas, que decidiram, de forma lúcida e responsável, colocar o Rio Grande
do Norte acima dos seus respectivos partidos. Melhor para o povo
potiguar, que vê aí a possibilidade de solução para os problemas que
afligem a todos.
César Santos (Jornal de Fato)
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