terça-feira, 4 de junho de 2013

Política à parte: O governo é de todos!

Presidente Dilma Rousseff (PT), cumprimenta a governador Rosalba (DEM)

GOVERNO REPUBLICANO

A   presidente Dilma Rousseff (PT), em discurso no Rio Grande do Norte, ontem, disse que o seu governo não olha para a cor partidária, o time de futebol que torce ou a religião que acredita, para afirmar que o Brasil é de todos.

Não é retórica.

Para provar, veja o volume de obras, ações e projetos anunciados para o nosso Estado, que somam algo em torno de R$ 2 bilhões, com destaques para a construção da barragem de Oiticica (ordem de serviço assinada); Reta Tabajara (licitação no dia 20 de junho); construção do “Gancho do Igapó” – complexo viário que vai ligar a BR-101 ao aeroporto internacional de São Gonçalo; e a duplicação da BR-304, trecho Natal/Mossoró/divisa com o Ceará, que não sairá agora, mas será feita, segundo a presidente.

Somam-se, aí, outras obras em parceria com o Governo do Estado, como o Complexo Viário Abolição, em Mossoró; o sistema adutor do Alto Oeste; a construção do aeroporto de São Gonçalo; obras de esgotamento sanitário em todo o Estado; dentre muitas outras, além das ações de combate ao efeito da seca, que tem espalhado construção de cisternas, perfuração e instalação de poços por todas as regiões.

Pois bem…

Essas ações são direito de todos; portanto, nada de especial nisso.

Porém, seria improvável que a parceria administrativa entre dois governos politicamente antagônicos fosse realizada em tempo passado. Prevaleceria a política menor, bastante difundida nos tempos do radicalismo – antes e depois do período revolucionário.

Não cabe mais.

Dilma do PT e Rosalba do DEM não podem ficar acima dos interesses coletivos. Elas foram eleitas com o voto dos mesmos eleitores potiguares e com a missão de resolver os problemas de todos.

Muito mais sábio do que colocar a questão política na pauta do dia é reconhecer a forma republicana como se comportam a presidente e a governadora, sem desmerecer a importância política; ela existe e desperta interesse. Não há como fechar os olhos para a possibilidade de a parceria administrativa derivar para uma união política.

É possível e perfeitamente compreensível.

O voto de Rosalba é importante para Dilma, como o apoio de Dilma é importante para Rosalba.

Isso vai acontecer? Resposta só em 2014.

Portanto, o momento é de reconhecer a parceria estabelecida pelas duas, que decidiram, de forma lúcida e responsável, colocar o Rio Grande do Norte acima dos seus respectivos partidos. Melhor para o povo potiguar, que vê aí a possibilidade de solução para os problemas que afligem a todos.

César Santos (Jornal de Fato)
 

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