domingo, 3 de junho de 2012

Souza não admite insistência do PMDB e deve ter candidato próprio em Areia Branca


Lidiane Garcia (PSB)

RACHA GOVERNAMENTAL
Desprestigiado pelo médico Bruno Filho (PMDB), seu vice-prefeito, o prefeito Manoel Cunha Neto, o ‘Souza’ (PP), pode oferecer às eleições de outubro uma considerável e surpreendente novidade à política da salinésia. Os bastidores estão com temperatura escaldante em Areia Branca.
Ela vai se desincompatibilizar do cargo de secretária municipal da Saúde amanhã (segunda-feira, 4), às 10h, em solenidade marcada para a Câmara Municipal.A falta de espaço – até aqui – no palanque a que pertence há 16 anos, leva Souza a gerar projeto eleitoral em faixa própria. Caminha para fazer a enfermeira Lidiane Garcia (PSB), secretária de Saúde, sua opção à prefeitura. O quadro se desenha assim, de forma aparentemente enviesada.
Souza poderá estar perdendo uma auxiliar de reconhecida popularidade e valor gerencial, mas empinando um nome novo na sucessão areia-branquense. Não tem tradição política ou advém de família tradicional. É povo.
Há cerca de um mês, Bruno – que é pré-candidato a prefeito, articulou em Natal, com os deputados Henrique Alves (PMDB) e João Maia (PR), o fechamento de uma chapa. Chegou a fazer reuniões, tudo à revelia de Souza, com quem tinha compromisso de vê-lo indicar seu vice. Tinha, que se diga.
Vazou informação de que Henrique Alves aconselhara Bruno a conversar com Souza e aceitar o vice que ele (Souza) indicasse, devido a “coerência” que o prefeito desmonstrava em apoiá-lo. Segundo essas mesmas fontes, o presidente local do PMDB, ex-vereador Cleodon Bezerra, reforçou essa informação e tese.
De pai para filha
Souza lutou com fervor a legalidade da postulação de Bruno. Nos escaninhos da Justiça, alguns processos foram defendidos e acompanhados pelo prefeito. E, mesmo assim, não se pode afirmar com plena segurança que o ex-prefeito (duas vezes) Bruno tenha superado todo esse cipoal legalista.
Há uma insegurança político-jurídica rondando Bruno.
Num município que há anos convive com permanente judicialização de sua política, o atual vice-prefeito e ex-prefeito Bruno corre perigo até mesmo de não ser candidato a prefeito. O próprio Bruno já foi cassado em 2004, quando estava no segundo mandato como prefeito.
Bruno, Cleodon e Souza: racha
Numa operação emergencial, Bruno costura meios para viabilizar sua filha Luana Pedrosa (PMDB) como substituta, numa espécie de sucessão dinástica.
Sai o pai, entraria a filha. Tudo em família. Não se viabilizando a prefeito, a filha o representaria no topo da chapa majoritária. Difícil é o próprio PMDB de Cleodon engolir a solução caseira, além de outros partidos da base governista.
Souza, isolado e praticamente banido do processo sucessório por Bruno, parece ter assumido outro caminho. Bruno ou Luana à sua sucessão? Para o prefeito, tanto faz. Há Lidiane.
Fonte: Blog do Carlos Santos

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