terça-feira, 8 de novembro de 2011

Poluição: as emissões da indústria ceramista em Assu

PROTEÇÃO AO VALE

Extraio do blog do primo Romildo Araújo (www.romildoaraujo.com), que é tecnico do Tribunal de Contas do Distrito Federal, uma interessante matéria sobre a forte e contínua poluição provocada pela indústria ceramista na região do Vale e, principalmente na cidade de Assú.

Leiam, abaixo, a matéria postada pelo primo:

No dia 14/10, participei de umfórum de discussões acerca do desenvolvimento sustentável do Vale do Assú, ocorrido na Câmara Municipal da cidade. 

Dentre os assuntos debatidos para o crescimento da região, tratou-se da implantação da ZPE do Sertão, do projeto irrigado do Baixo Assu, novos cursos para a UERN e do pólo ceramista Vale.

Gostaria de discutir um pouco do último tema citado, motivo pelo qual me detive na exposição do presidente do órgão de reúne os empresários da região, que tratou de destacar, evidentemente, a importância econômica da atividade, do que muito bem, e há muito tempo sabemos, haja vista que grande parcela dos tijolos e telhas empregados em toda a região e em estados vizinhos são produzidos em Assú.

Não me recordo de ter sido tratado do impacto ambiental provocado pela atividade, de investimentos para a redução da poluição, dos íncides de CO2 (gás carbônico) jogados no ar, de políticas públicas para esse controle, do atendimento da legislação ambiental, etc, etc, etc.

Como vemos, são muitas questões pendentes que precisam ser discutidas, no interesse da população local, o que, na verdade, é de interesse do planeta. 

Algém já ouviu falar em algum controle de poluição da atividade ceramista do Assu? e em outras regiões, isso ocorre?

Hoje, lendo o Blog do JS (Jefferson Santos), temos:

Os "cachimbos de fumaça" do Vale do Assú, um verdadeiro atentado ao Meio Ambiente

As chaminés das cerâmicas do Vale do Açu estão poluindo com força o meio-ambiente da região, segundo denúncia publicada pelo blogueiro Toni Martins. Ele conta que “quem cruza a ponte Felipe Guerra sobre o rio Açu avista os enormes cachimbos de fumaça entenebrecendo a paisagem. Verdadeiro atentado contra o meio ambiente”.

“Além do fumaceiro a lenha retirada da caatinga provoca o desmatamento, outro crime pior que daria combustão para um grande debate, porém, as autoridades fingem que não ver nada. IDEMA e IBAMA só são duros com quem mata uma arribaçã ou avoête. Já as cerâmicas que dão lucro ao Estado, é barra limpa!”, destacou Toni Martins.

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Pois bem, sabemos que a poluição atmosférica consiste em uma das mais graves ameaças à sociedade moderna, já que os efeitos da concentração de gases, a longo prazo, não são totalmente conhecidos. Segundo estudos meteorológicos amplamente divulgados, a temperatura global do Planeta aumentou cerca de 0,6ºC nos últimos 100 anos. Nenhuma prova conclusiva relaciona este aquecimento com o agravamento do efeito estufa – que nada mais é do que o mecanismo natural de manutenção da temperatura do planeta -, mas a variação da temperatura e a concentração de gás carbônico (CO2), tiveram comportamento semelhante, segundo algumas pesquisas.

Entre os gases que podem afetar o clima do Planeta, além do gás carbônico (CO2), temos: metano (Ch2), clorofluorcarbonos (CFC’s), dióxido de nitrogênio (N2O), ozônio (O3) e halóns. Para entender de que maneira cada um desses gases pode interferir nas mudanças climáticas, dirigentes de 159 países assumiram, durante a Convenção de Mudança Climática da Organização das Nações Unidas, o compromisso de investigar suas fontes emissoras. No Brasil, é o Ministério de Ciência e Tecnologia quem coordena este trabalho, repassando para os diversos setores que emitem gases de efeito estufa – agropecuária, queima de resíduos, indústria, setor de energia, entre outros – a incumbência de fazer os inventários. A intenção é divulgar até o final do primeiro semestre de 99, os resultados, a fim de serem adotadas medidas de correção.

Acredita-se que o gás carbônico é um dos principais responsáveis por esse efeito, já que é emitido em grandes quantidades para a atmosfera pela queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão, gás natural), e pela destruição e queima de florestas. 

TODOS NÓS SABEMOS QUE AS CERÂMICAS DO VALE DO ASSU QUEIMAM CARVÃO VEGETAL. Os ceramistas compram os restos de cajueiros podados em Serra do Mel e região vizinha, assim como todo tipo de floresta que for possível derrubar para queimar nas cerãmicas.

Então, antes de tudo, no duvidamos que o Poder Público precisa ter conhecimento das questões aqui levantadas,  uma ação efetiva em defesa do meio ambiente.

Sabemos da importância desse setor para a economia local, mas, acima de tudo, o tijolo tanto nos ajuda a fazer nossas construções (nos últimos 4 anos de atuação nessa região, precisei imensamente de adquirir os produtos dessa indústria), mas precisamos discutir a redução dos níveis de emissão de CO2, e, para isso, é preciso investimentos por parte dos empresários, ou que seja parte do setor público. MAs, acima de tudo, oparte dos lucros auferidos nessa tividade  devem ser revertidos em benefício da sociedade.

A POLUIÇÃO, no estudo das FINANÇAS PÚBLICAS, é tida como uma EXTERNALIDADE NEGATIVA, ou seja, algo que causa impacto negativo para a sociedade, e o governo (seja o federal ESTADUAL, E principalmente O MUNICIPAL), DEVEM PROTEGER A SOCIEDADE DESSE EFEITO DANOSO, no que pode ser feito pela instituição de tributo adicional, (PODERIA, MUITO BEM, SER UMA TAXAÇÃO) ou redução de vantagens, para os investimentos na redução desse EFEITO NEGATIVO, QUE PREJUDICA TODOS NÓS E AS FUTURAS GERAÇÕES.

PENSEMOS NISSO. TANTO EM RELAÇÃO ÀS CERÂMICAS CO VALE, QUANTO A TODOS OS POLUIDORES DO AR. SAÚDE E MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO DIZ RESPEITO A TODOS E É OBRIGAÇÃO DOS AGESTES PÚBLICOS, NOTADAMENTE OS POLÍTICOS, DE PROTEGER ESSE BEM MAIOR.


Valeu, primo!  E parabéns pelo conteúdo de excelência.

Estamos às órdens... sempre.


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