Correio Braziliense
Os bancos estão determinados a limitar as operações de crédito em até 36 vezes, como forma de fugir das exigências de reforço de capital impostas pelo Banco Central. Com os prazos menores, virão taxas de juros maiores.
As novas tabelas chegarão às agências a partir desta segunda-feira, conforme constatou o Correio com cinco das maiores instituições financeiras do país — Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal e Santander.
As limitações no número de parcelas atingirão, sobretudo, o financiamento de automóveis e o crédito consignado, com desconto em folha.
“Na prática, vamos induzir os consumidores a optarem por prazos menores nos financiamentos. Isso virá por meio de taxas de juros maiores em operações com vencimento acima de 36 meses.
A diferença dos juros será tão grande entre os contratos de prazos mais curtos e os mais longos, que não valerá a pena ultrapassar os 36 meses”, explica um executivo de um dos grandes bancos.
Segundo ele, como financiamentos acima de três anos exigirá muito capital das instituições para a cobertura de possíveis calotes, os riscos e os custos das operações aumentarão demais.
“Sem dúvidas, o BC foi muito radical em suas exigências, mostrando que realmente está disposto a reduzir o consumo e a controlar a inflação”, acrescenta.
Na sexta-feira, o BC anunciou o aumento dos depósitos que os bancos são obrigados a fazer compulsoriamente na instituição.
A partir do dia 13, serão retirados mais R$ 61 bilhões de circulação. Além disso, o BC determinou que os bancos mantenham mais dinheiro em caixa para enfrentar a inadimplência: em vez de R$ 11 para cada R$ 100 emprestados, serão necessários R$ 16,50.
O BC também fixou entrada de pelo menos 20% do valor do bem financiado em crediários acima de 24 meses.
“Com essas medidas, o governo quer trazer a inflação para o centro da meta, de 4,5%. Hoje, as projeções apontam para 6%, um perigo”, diz um técnico do Ministério da Fazenda.
Ele não descarta a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a taxa básica de juros (Selic) a partir de janeiro, já com o BC sob o comando de Alexandre Tombini, nomeado pela presidente eleita, Dilma Rousseff.
Os bancos estão determinados a limitar as operações de crédito em até 36 vezes, como forma de fugir das exigências de reforço de capital impostas pelo Banco Central. Com os prazos menores, virão taxas de juros maiores.
As novas tabelas chegarão às agências a partir desta segunda-feira, conforme constatou o Correio com cinco das maiores instituições financeiras do país — Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal e Santander.
As limitações no número de parcelas atingirão, sobretudo, o financiamento de automóveis e o crédito consignado, com desconto em folha.
“Na prática, vamos induzir os consumidores a optarem por prazos menores nos financiamentos. Isso virá por meio de taxas de juros maiores em operações com vencimento acima de 36 meses.
A diferença dos juros será tão grande entre os contratos de prazos mais curtos e os mais longos, que não valerá a pena ultrapassar os 36 meses”, explica um executivo de um dos grandes bancos.
Segundo ele, como financiamentos acima de três anos exigirá muito capital das instituições para a cobertura de possíveis calotes, os riscos e os custos das operações aumentarão demais.
“Sem dúvidas, o BC foi muito radical em suas exigências, mostrando que realmente está disposto a reduzir o consumo e a controlar a inflação”, acrescenta.
Na sexta-feira, o BC anunciou o aumento dos depósitos que os bancos são obrigados a fazer compulsoriamente na instituição.
A partir do dia 13, serão retirados mais R$ 61 bilhões de circulação. Além disso, o BC determinou que os bancos mantenham mais dinheiro em caixa para enfrentar a inadimplência: em vez de R$ 11 para cada R$ 100 emprestados, serão necessários R$ 16,50.
O BC também fixou entrada de pelo menos 20% do valor do bem financiado em crediários acima de 24 meses.
“Com essas medidas, o governo quer trazer a inflação para o centro da meta, de 4,5%. Hoje, as projeções apontam para 6%, um perigo”, diz um técnico do Ministério da Fazenda.
Ele não descarta a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a taxa básica de juros (Selic) a partir de janeiro, já com o BC sob o comando de Alexandre Tombini, nomeado pela presidente eleita, Dilma Rousseff.
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