terça-feira, 15 de setembro de 2015

Toni Martins alerta líderes para que não se estabeleça a "guerra das gerações"

https://lh3.googleusercontent.com/-B6LXSPabr48/AAAAAAAAAAI/AAAAAAABBOU/eTBhwmfZExc/s120-c/photo.jpg
Toni Martins analisa e opina sobre a situação política atual de Carnaubais
UMA SINGELA CONTRIBUIÇÃO AO DEBATE!
Toni Martins

“O que preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons”.

Tenho adotado um princípio em minha caminhada que se não poder ajudar, atrapalhar também não vou. Acompanho desde umas décadas a política local, votando, opinando, acertando e errando.

Errando, não por omissão, mas por querer acertar.

Já vi rivais darem as mãos, já vi grupo se rachar ao meio, já vi líderes se levando, outros caindo, em fim, já vi um pouco de tudo e conheço as consequências de atos impensados.  

O estadista americano, num dia acordou inspirado e declarou uma frase genial: não pergunte o que sua cidade pode fazer por; pergunte o que você pode fazer por sua cidade.

No momento que Carnaubais chega aos 52 anos essa pergunta se torna cabível a cada um de nós. 

Ouço críticas e mais críticas, umas verdadeiras, outras descabidas, simplistas, sem motivação aplausível.

A história do município registra épocas de superação, quando teve de ser reconstruída tijolo por tijolo.

Essas lições do passado, sem dúvida, servem para exemplificar a envergadura que tem nossa gente. Aprendemos a tirar leite de pedras.

Nesse contexto, não posso falar do passado sem olhar o presente com espanto.

Estamos diante de uma possível catástrofe política que poderá acontecer caso os protagonistas levem ao extremo as dialéticas do próprio eu.

Conheço Junior, conheço Luizinho de longas datas.

Com Junior, nos áureos tempos do movimento estudantil, chegamos a participar de vários congressos, inclusive da UBES, em São Paulo. A palavra de ordem era “declare guerra a quem finge te amar”.

Tal experiência não pode ser esquecida, já que convivemos com disputas ferrenhas infindas dentro do movimento. E daí, éramos os garotos que queria mudar o mundo.

Foi com Luizinho que atravessamos desertos, travamos batalhas. No tempo do PT choramos a derrota de Lula presidente em 89

Era a época que embalado pelos sonhos de um novo país sem medo de ser feliz, como manda o manual do esquerdismo. O tempo, senhor da razão, passou.
Lula se elegeu e o velho companheiro metalúrgico fez muito pouco do que dizia pelo Brasil. 

Eleito e reeleito, ouvi irrequieto Luizinho dizer que cansou de ser prefeito. Convenhamos algo da boca pra fora.

O ansioso Juninho, digamos, ainda nem sentou direito na cadeira. Até aqui não pode reclamar da sorte. Estava no lugar certo na hora certa. 

Enfim, Juninho e Luizinho, aliados, amigos, primos, sonhadores não podem deixar ser devorados pela fogueira da vaidade. Bem sei que um não tá caduco nem o outro maluco.  

O guerreiro Che Guevara, ao lado de Fidel Castro, dois símbolos revolucionários, tascou uma frase que enriquece sua biografia: Endurecer sempre, mas sem perder a ternura jamais.

E justamente quando vemos a reaproximação de Cuba e EUA, não se pode querer que Juninho e Luizinho caiam no erro de rachar uma família que sente hoje as “dores de parto”.

Carnaubais é do tamanho de todos nós juntos. 
Pensem nisso, antes que se estabeleça a guerra das gerações!
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente