segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Petistas já pensam em estratégia pós-impeachment

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Lula sonha em volta triunfante pós-impeachment
DO BLOG DE CÉSAR MAIA:  

Lula e seu entorno perderam completamente qualquer expectativa em relação a Dilma e seu governo. E acham mais: sua continuidade será um abraço de afogado em Lula e no PT. Melhor seria ela sair logo. A possibilidade de um impeachment, com todo o ritual desgastante de autorização pela Câmara de Deputados para julgamento pelo Senado, seria descarnar Dilma e o PT e inviabilizar qualquer projeção de Lula para 2018.

Nixon –nesta etapa, ou seja, na autorização para julgamento- preferiu renunciar. Collor da mesma maneira. O impeachment suprime direitos de Dilma de ser ex-presidente (proventos, assessoria...). Ficaria desprotegida para sua “aposentadoria”.


Num quadro como este, o melhor para Lula, para o PT e para Dilma seria ela sair sem perder seus direitos. Desta forma, há um único caminho: a licença médica sem prazo definido para tratamento, seja por razões físicas, seja por razões psíquicas. Lula estaria não só de acordo com este caminho, mas entusiasmado com esta hipótese: a companheira estaria financeiramente protegida.


O entusiasmo é maior pelas novas perspectivas que seriam criadas para Lula e para o PT. Com Dilma em licença e com assistência médica, Michel Temer, seu vice, assume a presidência. Na construção de cenários por Lula e seu entorno, Temer iria construir um governo de união nacional com a base aliada e a oposição. Mas o PT –alegando incomodidade política- não participaria.


Em seguida, colocaria em campo sua banda de música de defesa das conquistas sociais e, portanto, de oposição às medidas que estariam sendo adotadas. E em cima do trio elétrico reapareceria Lula –em defesa dos fracos e oprimidos que estariam perdendo direitos conquistados em seu governo- e assumindo, na “tragédia”, um papel que cumpriram tão bem –ele, o PT e a CUT- por anos: oposição a tudo que se está fazendo.


Esse novo cenário, em pouco tempo, colocaria Lula liderando a comissão de frente da sucessão em 2018. Contariam com o que chamam de memória tênue da população. Em menos de dois anos, o governo seria o PMDB, o PSDB, e aliados. Seria como se o PT tivesse sido derrotado e assumido um novo governo defendendo o interesse das elites econômicas.


E em junho de 2018, uma grande mobilização no lugar mais favorável para a concentração popular exigiria que Lula assumisse a candidatura a presidente. Lula, emocionado, tomaria uma criança nos braços, derreter-se-ia em lágrimas e diria, vestindo a fantasia de salvador da Pátria: Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao Povo que..., aceito a honrosa missão.

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