Dep. Wilson Filho (PMDB-PB) |
MELHOR DIVISÃO DO BOLO TRIBUTÁRIO
O Deputado Federal Wilson Filho (PMDB/PB) apresentou o Projeto de Lei Complementar (PDL) 211/2012 que visa alterar Código
Tributário Nacional, objetivando aumentar significativamente os
recursos destinados ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A
União Brasileira de Municípios (UBAM) solicitou o apoio do parlamentar
peemedebista e a proposta já está tramitando na Câmara dos Deputados.
O
projeto prevê a mudança na Lei nº 1.881/81, que visa extinguir os
coeficientes 0.6 e 0.8, cujos municípios serão passados automaticamente a
1.0, aumentando, no total, os recursos do FPM em pelo menos 2,5 bilhões
de reais.
As
prefeituras têm como parte importante de sua receita o arrecadado pelo
governo federal com IPI, Imposto de Renda e Contribuição sobre
Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Esses impostos compõem o FPM, e
90% desse fundo ficam com os municípios em geral, enquanto 10% são
divididos pelas capitais dos estados. Para estes, existe o Fundo de
Participação dos Estados, composto também por parcelas do IPI, IR e
Cide.
Os
programas de renúncia fiscal promovidos pelo governo da União, ao longo
de três anos, têm diminuído o nível de repasses dos recursos,
comprometendo o caixa dos municípios e sujeitando gestores a
inviabilidade administrativa.
Segundo
a previsão oficial da Secretaria do Tesouro Nacional, estima-se que a
queda do FPM neste segundo semestre irá ultrapassar aos 15%.
Para o presidente da União
Brasileira de Municípios (UBAM), Leonardo Santana, a iniciativa do
Deputado Wilson Filho de apresentar o PDL 211/2012, será um grande
socorro a maioria dos municípios, que recebem a menor fatia do FPM, pois
o coeficiente mínimo, 0,6 e 0,8, são válidos para municípios com até
10.188 habitantes, sendo que nessas cidades a crise é mais acentuada,
tendo em vista que as prefeituras não possuem outras fontes de receita,
dependendo exclusivamente dos recursos do Fundo.
Com
a posse dos novos prefeitos e prefeitas, em janeiro de 2013, a UBAM
espera que o governo da União e o Congresso Nacional promovam uma
reformulação no pacto federativo, para que as prefeituras possam ter uma
partilha mais justa dos recursos que formam o bolo tributário, que até a
primeira quinzena de outubro já arrecadou R$ 846 bilhões de reais.
Colaboração: Kellyson Nunes
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