Supremo deu a palavra final sobre doações de empresas a partidos políticos |
DECIDIDO E PONTO!
Depois de um ano e nove meses, o STF (Supremo Tribunal Federal)
concluiu nesta quinta-feira (17) o julgamento da proibição das doações
de empresas a candidatos e partidos políticos.
Por 8 votos a
três, o tribunal considerou as doações inconstitucionais. A ação que
contestou as contribuições empresariais no financiamento político foi
movida em 2013 pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com o argumento
de que o poder econômico desequilibra a disputa eleitoral.
Segundo o ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Corte, a proibição
já vale para as eleições municipais de 2016, "salvo alteração
legislativa significativa".
Na última quinta-feira (10), a Câmara dos Deputados derrubou o veto do Senado
e aprovou projeto de lei que permite doações de empresas a partidos,
num limite de R$ 20 milhões. O texto seguiu para a sanção da presidente
Dilma Rousseff (PT), mas a decisão de hoje no STF pode levar a
presidente a vetar a nova legislação. A petista tem até o dia 30 para
avaliar o projeto.
Nas eleições de 2014, 70% do dinheiro
arrecadado por partidos e candidatos veio de empresas. Pela lei atual,
pessoas jurídicas poderiam doar até 2% do faturamento bruto do ano
anterior ao das eleições. Pessoas físicas também podem fazer doações, no
limite de 10% de seu rendimento. Essa possibilidade foi mantida pelo
STF.
O julgamento começou em dezembro de 2013 e foi interrompido duas vezes. Em 2013, o ministro Teori Zavascki pediu vista e, em abril de 2014, o ministro Gilmar Mendes
fez o mesmo. O julgamento só foi retomado nesta quarta-feira
(16). Ontem, Mendes votou pela permissão das contribuições eleitorais
das empresas. Também votou favoravelmente o ministro Teori Zavascki e Celso de Mello, o último a votar nesta quinta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente