Como sempre acontece quando o assunto é política... partidária...
No jogo de interesses mútuos, todos buscam a forma ideal para um único objetivo. Vencer.
Na política potiguar, então, essa é a tática adotada por todos os líderes, de todos os partidos. Nesse momento de indefinições e muitas, muitas conversas, o que menos importa é a ideologia do partido ou a cor da bandeira a ser empunhada.
Para se ter uma ideia, caro leitor, veja o imbróglio atual da política do nosso Estado, analisando cada líder e seus posicionamentos e possibilidades para o pleito vindouro:
Henrique Alves (PMDB)
É o centro das atenções. Todos (os partidos) querem apoiá-lo e figurar na mesma coligação em que defender. Henrique é ligado ao PT em Brasília, mas não deseja a companhia dele (PT) no Rio Grande do Norte, simplesmente por medo de enfrentar Wilma (PSB), que deseja o mesmo que Fátima (PT) - o céu; digo, o Senado da República.
Wilma de Faria (PSB)
Detentora de uma grande aceitação popular, apesar do desastre que foi sua administração no governo, é paquerada por todos, menos pelo PT, que, depois de várias parcerias políticas, agora a despreza, com a justificativa que o PSB, não apoia o projeto de reeleição de Dilma. Ela (Wilma), blefa com os demais partidos, não afirmando qual a real candidatura desejada, se o governo ou o senado, preferindo guardar o trunfo para a reta final, com um olho no gato (Leia-se o PMDB) e outro no peixe (demais partidos oposicionistas).
Fátima Bezerra (PT)
Joga todas as cartas para ser senadora. Desejando ser a companheira de palanque do PMDB de Henrique, faz jogo de sena com o PSD, de Robinson, tentando se fortalecer e se sobrepor ao favoritismo de Wilma (PSB). Depois de vetar a companhia do DEM, PSDB e do próprio PSB, tenta aproximação com o PSD de Robinson, novo aliado do PT a nível federal, mas com um detalhe: Apesar de não querer apoiar o PSB, aceita o apoio deste, desde que dona Wilma abra o espaço desejado para ela (Fátima) na vaga para o Senado.
José Agripino (DEM)
Adversário ferrenho do PT a nível federal, mas aliado dos aliados do PT no Rio Grande do Norte - o PMDB de Henrique. Já fechou acordo para apoio do candidato do PMDB, exigindo apenas que o DEM participe da chapa proporcional, para salvar a reeleição de seu filho, Felipe Maia, mesmo tendo a governadora Rosalba, de seu próprio partido (o DEM), sonhando com a reeleição para o governo.
João Maia (PR)
Após dois mandatos de deputado federal, João sonha em ser governador; mas não vendo chances para tal, quer figurar na majoritária na condição de candidato a vice-governador. Porém, seu desejo esbarra no comprometimento total com o PMDB, de Henrique.
Robinson Faria (PSD)
Adversário da governadora Rosalba, com quem rompeu politicamente, mantém-se firme no propósito de ser governador, sonhando com os descontentes que sobrarem na chapa do PMDB. Para se ter uma ideia, ontem (07) sentou com a cúpula do PT, desejando o apoio de Fátima Bezerra, mas oferecerá almoço em sua casa de praia, hoje (08), ao deputado Henrique, sonhando também com a remota possibilidade de ainda vir a ser o candidato dos Alves.
Resumindo, "Ninguém é de ninguém" e tudo pode acontecer. Para isso, basta que a acomodação seja justa e compensadora para todos. Naturalmente, como é de praxe na política, os mais espertos serão melhor acomodados.
Com a resposta, só o tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente